quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

O quê?

Já não me fazes falta!
Já não me pertences!

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Inicio de um novo ano

Ando desaparecida. Por ai.
Cansada... Cheia de trabalho, com pouco tempo.
Tenho feito algumas coisas, mas nem fotografias tenho tirado.
Existem alturas na nossa vida em que parece que tudo acontece. Muitas vezes não conseguimos gerir os sentimentos, as mágoas, as desilusões. Elas cabem dentro de nós, acomodam-se e vão ficando. Quando estamos mais frágeis, vem tudo ao de cima como uma onda turbulenta, opaca, agitadora.
Se tivermos a sorte de ter um muro que nos ampare ainda nos aguentamos, mas se estamos sozinhas, sem um ombro, sem defesa caimos estateladas no chão sem força. Últimamente tem-me acontecido com frequência. Dou por mim a não suportar o cansaço porque existem dias em que trabalho tanto (geralmente problemas dificeis que demoram tempo, que precisam de concentração, de retirar documentação, de estudar, problemas com as pessoas que dirijo, organizá-las, orientá-las, estimular muitas vezes a sua inteligência que parece de repente voar) que chego a casa sem vontade de fazer nada. Apetece-me literalmente "atirar-me" para cima da cama e esquecer-me quem sou. Apagar!
Mas tenho outra vida que me espera. Uma filha, um marido, uma casa, que tenho também que organizar, gerir, orientar. Sem ajuda. Sem colaboração. Muitas vezes até com critica, reparos e má vontade.
Faço as coisas porque alguém acha que é a minha obrigação, o meu dever e que a partilha não existe.
Aprendi a ser silenciosa.
Últimamente com muitas dores nas costas e pernas que fico mal disposta e preciso de me sentar. A cabeça parece um tambor e parece que vai estoirar. Vou ao médico tomo alguns medicamentos e pedem para ter paciência que isto passa. Isto passa?????
Claro que passa! Sou forte, resistente, aguento tudo como uma máquina. Não sou isso que sou? Claro que sim.
Agora vou carregar no botão e partir um pouco mais cedo (tenho outro compromisso), apanhar o metro e retomar a rotina.
No fundo tenho tudo para ser totalmente feliz. Uma boa casa, um bom marido (apesar das falhas domésticas), uma filha linda, linda, um trabalho que apesar de tudo gosto com um ordenado bastante razoável, saúde! E então porque não sou?